Estamos passando por um momento muito especial no mundo da EFT. Gary Craig está lançando as bases de uma nova forma de aplicar a EFT chamada de Optimal EFT, a EFT Espiritual, que segundo ele é mais forte e poderosa que a EFT tradicional, e seus efeitos são mais completos.
Ela traz consigo alguns conceitos espirituais derivados do Um Curso em Milagres e da Física Quântica, os quais afirmam que no mundo espiritual somos todos ligados formando um todo único. Neste mundo espiritual existe a figura de um Terapeuta Invisível (ou Interior), não muito clara (se é um Espírito, Deus, Espirito Santo ou algo emanado do terapeuta), que praticamente é quem executa a EFT em si (e não mais o terapeuta humano). Todas as premissas da terapia tradicional devem ser executadas no diagnóstico do problema do paciente (eventos específicos, aspectos, emoções, sensações, medida de intensidade da emoção antes e depois, etc), para então depois o terapeuta humano mentalizar o seu Terapeuta Invisível e solicitar para que o mesmo aplique a terapia no paciente. A comunicação entre o terapeuta humano e o Invisível é mental. É um pedido mental que é feito.
Alguns fatores já estão sendo identificados como influentes na qualidade do resultado da terapia. Quanto maior a união entre o terapeuta humano e o paciente; quanto mais amor o terapeuta humano e o Terapeuta Invisível vibrarem nesta interação; quanto melhor espiritualmente estiverem os integrantes (paciente, terapeuta humano e Invisível) durante a terapia, melhor a qualidade e o resultado obtido com a mesma.
Mas, mesmo que isso já vinha sendo pesquisado já há um tempo, na minha opinião, muita coisa ainda estará amadurecendo e se desenvolvendo. Só que muitos terapeutas já estão praticando essa forma com base nos conceitos postados no site do Gary.
Eu tenho tomado um certo cuidado diante destas práticas espirituais, até porque, por já ter um certo conhecimento sobre o Espiritismo de Alan Kardec, eu não concordo com alguns conceitos básicos citados pelo Gary, e o tenho questionado. Por isso que acho que com o tempo os conceitos poderão amadurecer e se desenvolver, para outros mais adequados.
A nossa postura perante o novo, a novidade, deve sempre seguir a da ciência diante do fenômeno. Já ouvimos muitas coisas nesse mundo, trazemos muitas experiências vivenciadas e já consolidadas dentro de nós que, em contato com o novo, devem aflorar e nos oferecer o feedback de que necessitamos para conhecer, entender, compreender, experimentar, vivenciar, teorizar e adotar, se for o caso, o novo como ciência. Sempre desconfiando! Nunca aceitando sem discernir! Nunca repudiando! Sempre buscando acolhê-lo para a análise, com a esperança positiva dos homens de boa vontade, de quem não descarta nada por dogma ou pré-conceito, e também não aceita tudo na primeira. Sugiro que sigamos essa postura ao nos depararmos com essa nova prática da Optimal EFT.
Neste momento em que estamos nos preparando para ingressar na “Era do Espírito”, em que absorveremos um mundo de mudanças para um contexto mais espiritualizado, muitas teses novas irão aparecer, principalmente para nos pôr a prova e para que validemos os nossos conceitos e visão de mundo. Devemos nos postar como pessoas criteriosas e com muito discernimento. Um dia após o outro, tijolinho por tijolinho, experiência por experiência, em busca de um novo conhecimento, de uma nova experiência, de uma nova realidade.
Utilizando dessa forma básica, sem nos expormos e de maneira muito íntima, somente a prática e a dedicação é que poderão nos dar a confiança e a experiência de que necessitamos, para sairmos da estaca zero e seguirmos em frente com essa nova forma de fazer EFT.