O meu objetivo de criar uma categoria de posts sobre Psicologia Espírita foi o de divulgar uma série de conceitos e práticas protagonizadas pela mesma, de bastante utilidade para a vida das pessoas, na solução de diversos transtornos e reveses psicológicos existentes e que a grande maioria das pessoas estão sujeitas. Quando estou realizando uma sessão de EFT que envolve problemas psicológicos, além da terapia EFT para diminuir ou eliminar a emoção nociva, eu também tenho aplicado com muito sucesso, várias práticas transformadoras da Psicologia Espírita, que dão resultados muito expressivos na vida das pessoas. Como todos sabem, eu sempre tive um interesse muito grande pela Psicologia, e por já conhecer um pouco da Doutrina Espírita, fica muito mais fácil entender, colocar em prática, orientar e divulgar as práticas da Psicologia Espírita.
A Psicologia Espírita em nada difere da Psicologia Transpessoal, considerada como a “4ª.força da Psicologia” (onde a 1ª.força é a Psicanálise, a 2ª.força a Psicologia Comportamental e a 3ª.força a Psicologia Humanista). Porém, com alguns conceitos mais amplos e mais claros, provenientes dos princípios da Doutrina Espírita como: a crença em Deus, a imortalidade da alma, a comunicabilidade dos espíritos, a reencarnação e a pluralidade dos mundos, ela certamente representará um convite às pessoas para mergulharem na psicologia com alma, para poder entender melhor a vida, dentro de um plano mais amplo e mais compatível com os conhecimentos contemporâneos.
A Psicologia Espírita foi criada pelo espírito de Joanna de Ângelis, através de 17 livros psicografados por Divaldo Pereira Franco. A chamada “Serie Psicológica de Joana de Angelis” começou a ser psicografada em 1988 com o livro “Jesus e Atualidade” e terminou em 2011 com o livro “Psicologia da Gratidão”. Muito do conteúdo parte dos conceitos de Jung e depois são ampliados com base nos conceitos espíritas. Joana propõe resgatar a realidade do “Espírito” ou “Self” ou “Si” que é a nossa essência e que transcende a consciência do Ego. É pautada no despertar, na conscientização e no desenvolvimento do Si. Joana ficou 50 anos no plano espiritual, estudando e conversando com grandes pensadores da psicologia (Jung, Freud, etc) para poder falar e psicografar sobre esses assuntos. Como o significado etimológico da palavra “Psicologia” significa “estudo da alma” (“psique” do grego “alma” e “logia” significa “estudo”), embora o significado atual esteja muito longe disso, desde a sua criação, a Doutrina Espírita de Alan Kardec já considerava que no estudo do comportamento humano, da estrutura da mente e de toda a dinâmica humana interna, tivesse como base a realidade do Espírito.
A proposta da Psicologia Espírita é de criar uma mentalidade com soluções comportamentais, passando a equacionar os problemas das criaturas, esteja como e onde estiver. Levar uma mensagem transformadora, para mudar o mundo, através de uma mudança moral, social, justa e fraterna, em todos os ramos da vida. Não apenas na ética moral, na filosofia, mas também na ciência, no comércio, na indústria, nos relacionamentos e nos direitos humanos. Vamos levar as bases da doutrina aos pensamentos sociais, transformando a sociedade. Esse é o desafio!
Chegaremos num ponto em que a realidade do espírito será realmente incontestável (para aqueles que ainda não a entende ou conhece), decorrendo disso a necessidade de reconstruir toda uma referência de mundo, de homem e de ciência. A ideia básica é ajudar no comportamento humano, nas questões intimas, dentro da dinâmica psicológica do espírito, diferente da realidade da psicologia acadêmica que considera o fenômeno humano comportamental como efeito da química do cérebro, da genética e não da realidade do espírito encarnado, que é o ser humano. A proposta desta nova linguagem favorecerá a psicologia a começar a utilizar e a reconhecer essa visão mais ampla e mais profunda da nossa essência, ajudando então nesse processo de mudança de comportamento, de reforma íntima e de evolução.
Realidades como a interferências de traumas e transtornos psicológicos de vidas passadas no comportamento atual; a interferência obsessiva de espíritos que levam pessoas a doenças como a Esquizofrenia, por exemplo; as consequências psicológicas negativas, decorrentes da falta de crédito num Ser Supremo, criador do Universo; a força interior gerada pela compreensão de que temos apenas uma vida, infinita, que não morremos e sim somos um ser eterno, espiritual, que já tivemos e teremos várias vidas, que nos permite e nos permitirá efetuarmos os ajustes de que necessitamos para nos reconciliarmos de um erro cometido no passado, quando pudermos ou quisermos; e que vivemos em um dos diversos mundos existentes, na Terra e no Universo, de várias dimensões, nos quais poderemos migrar um dia, para alcançarmos a nossa realização pessoal, espiritual, seja esta qual for.
A Psicologia Espírita coloca Jesus como a máxima expressão que a nossa natureza humana já atingiu. Segundo Jung: “Cristo é o homem interior ao qual se chega pelo caminho do autoconhecimento”. “Ninguém consegue chegar no seu processo de auto realização sem passar pela referência que Jesus representa”. Exemplos da vida de Jesus são apresentados como modelos para nós resolvermos problemas atuais em nossas vidas. Muitas forças e potencialidades serão desenvolvidas e nos elevarão para uma vida mais plena e mais equilibrada. A Psicologia Espírita por ser muito positiva, é um convite para que nos libertemos de um mito cristão que não representa o verdadeiro Cristo; de uma referência cristã que foi deturpada pelos homens durante séculos; de um Cristo que está na cruz; de um sofrimento que está no nosso inconsciente coletivo; de sofrer, derrotista, pessimista, de que a vida é pesada, de que tudo é complicado e de que o céu é só depois. Não! É uma mensagem de dignidade, de uma psicologia libertadora dessa visão pequena, estreita, e que nos mostra que podemos também ser como o Cristo. Sim, ela nos mostra que o Cristo é um exemplo pleno de como podemos nos elevar e sabermos enfrentar os desafios da vida pelo qual passamos, e atingirmos a escala em que ele se encontra. Resgata nossos valores, nossos potenciais, acredita no homem, na nossa criatividade, na nossa capacidade de amar, nos recursos que nós temos dentro da gente, onde ninguém mais é coitadinho, onde o pai te pega no colo e te protege da realidade. É uma proposta de maturidade psicológica, espiritual, saindo dessa noção limitada de mundo e migrando para um caminho que é rico, possível e libertador.