A ansiedade é natural em todos os seres humanos. É uma reação normal do organismo quando ele se prepara para lidar com situações incertas, que podem provocar medo, dúvida ou expectativa. Em níveis moderados, ela é necessária para que o ser humano se prepare para essas situações e passe por elas com sucesso. O problema é, quando ela deixa de ser uma resposta natural do corpo humano, aparece sem razão e com frequência cada vez maior. Quando isso ocorre, passa a ser um problema.
Derivada do medo, ela cumpri o seu papel desde o tempo das cavernas, garantindo a sobrevivência da espécie. Quando estávamos providenciando o fechamento da caverna enquanto o leão estava distante, tínhamos medo de que ele chegasse antes de efetuarmos o fechamento, e sermos atacados por ele. Quando estávamos dentro de uma caverna “trancada”, com o leão do lado de fora, urrando e sabíamos disso, sentíamos medo do leão romper a segurança e sermos atacado por ele. As duas situações remetem a preocupação com um risco eminente, que poderá ocorrer ou não no futuro, por não dominarmos a situação.
Os animais também tem ansiedade. Mas por que eles não sofrem de ansiedade patológica? Porque eles não sentem medo de fracassar, nem de comprometer as finanças ou de comprometer a saúde ou do futuro! Ao contrário das pessoas ansiosas eles vivem o presente, sem se preocuparem muito com o futuro.
Preocupação com que a coisa que desejamos não aconteça, ou que não aconteça como desejamos ou não aconteça quando desejamos. Medo da perda de status, de conforto, de poder econômico, de afetos, de amizades, de privilégios, de vantagens ou simplesmente do contato com situações inesperadas e desconhecidas, são fatores mais que suficientes para disparar a ansiedade. Uma aceleração do pensamento, excitação, como se estivéssemos lutando para nos livrar da ameaça do perigo de ficarmos de fora da nossa zona de conforto. Essa aceleração acaba causando uma confusão mental, uma ineficiência, um aumento da sensação de perigo e uma dificuldade de se livrar dele, virando um circulo vicioso que alimenta ainda mais o estado de ansiedade. “Mente acelerada é mente desequilibrada!” disse Isaac Efraim. Esse movimento impulsivo de manter a mente acelerada e tudo sob controle, na busca da sensação de conforto, faz com que ela se excite e se não tiver uma solução em curto prazo, pode virar um problema crônico e que aumenta e se torna crítico com o passar do tempo.
A pessoa ansiosa trata qualquer problema como uma grande questão, não só se preocupando demais com as coisas que ainda não aconteceram, como suas previsões tendem a ser muito mais pessimistas. Isso só lhe causa sofrimento antecipado, porque ela sempre considera que coisas terríveis vão acontecer, o que também perturba quem está a sua volta.
Transtorno de Ansiedade Generalizada – TAG
Segundo o DSM (Manual de Diagnóstico, Classificação e Estatística de Transtornos Mentais), é um distúrbio caracterizado pela preocupação excessiva ou expectativa apreensiva, persistente e de difícil controle, sobre diversos eventos ou atividades na maioria dos dias da semana, que perdura por seis meses no mínimo e vem acompanhado por três ou mais dos seguintes sintomas:
Possíveis Origens
1. Infância ou adolescência carente ou problemática
Onde a dificuldade de receber afeto ou de suprir suas carências afetivas ou de não ser reconhecida, através dos pais e dos familiares, faz com que ela cresça se sentindo sozinha, insegura, excluída e exposta a qualquer adversidade que poderá surgir, fazendo com que ela se condicione a pensar sempre, que coisas ruins, críticas e impressões negativas podem ocorrer a qualquer momento, quando ela menos espera. Também nessa situação, ela poderá crescer com o sentimento de querer sempre agradar, conquistar o afeto e a consideração, na situação de sempre trabalhar por essa conquista e jamais criar nenhum transtorno ou desapontamento a seus familiares. Disso sempre provém o cuidado com o futuro, com o que vai fazer; se vai dar certo ou não, com o fato de não poder errar! Daí que se inicia a ansiedade mediante qualquer coisa que se propõe a fazer.
2. Dificuldade de conviver com o novo, inesperado.
Dificuldade de conviver com eventos, processos ou qualquer coisa nova ou desconhecida, dentro de sua zona de conforto. O velho ou o conhecido já está sob controle e sob o seu domínio. O novo, por sua vez, potencializa a sensação de medo, no sentido de que algo que a pessoa desconhece e não sabe lidar, se torne uma coisa ruim e perigosa por fugir de seu controle. É algo como: “Tudo o que provêm de mim é seguro e confortável e tudo o que vem de fora é perigoso e não confiável”. Será que vai dar certo? Quem garante?
3. Herança genética?
Existem posições que afirmam que a Ansiedade pode ter origem genética, ou seja, a criança possa ter herdado de seus ancestrais uma predisposição para esse sintoma. No caso de manifestações bastante precoces, como crianças bastante agitadas, hiperativas, que choram com facilidade e às vezes tem até dificuldades para dormir. Crianças ávidas para mamar, por exemplo, ou como algumas com posturas de teimosia e posse já desde criança.
Permitam-me discordar dessa possibilidade e de poder expressar a minha opinião. A Ansiedade é um problema de estado mental. Os caracteres que formam a nossa mente e o nosso comportamento, não provêm de aspectos físicos ou genéticos ou de corpos, e sim da mente, do espírito. Do espírito daquela criança recém-nascida. Durante as suas vidas passadas, se esse espírito já era ansioso, ele vai trazer isso consigo no seu corpo psicossomático ou espiritual (perispírito), que o acompanhou por todas as suas vidas anteriores até aqui, e se manifesta através do seu corpo físico atual, influenciando o seu comportamento. Então, a herança da Ansiedade não provém de sua “Herança Genética” e sim de sua “Herança Espiritual” que ele traz e leva para onde for, até que seja curado.
Como diminuir a Ansiedade?
1. Sua mente está cansada, confusa e sem saber direito o que quer. Vamos lá! Vamos respirar um pouco! Inicie expirando todo o ar do seu pulmão, iniciando pela parte do estomago, chegando até a comprimir as paredes do estomago, depois das costelas e por último a da altura dos ombros. Em seguida, inicie uma inspiração lenta na mesma ordem (enchendo o estomago, depois as costelas e levantando os braços para encher a parte dos ombros). Estando com todo o pulmão cheio, inicie a expiração, como no inicio novamente, agora mais lentamente. Sempre respirando pelo nariz. Faça isso 7 vezes. Preste a atenção somente na respiração, enquanto faz o exercício. A respiração influencia o seu corpo e a sua mente.
2. Esvazie a cabeça quando estiver ansioso. Abra mão da sua meta e do seu objetivo por um tempo. Quanto mais pressa maior a ansiedade! E isso sempre vai estar assim se você não parar! Pois bem, pare um pouco! Recupere o equilíbrio! As ideias servem para nos orientar e não para nos acelerar! O que nos protege, são as nossas ações e não as nossas ideias! Procure um lugar em paz, confortável e solitário! Sente-se e feche os olhos! Relaxe ao máximo o seu corpo! Todas as partes do seu corpo! Respire pelo nariz, suave e devagar! Não pense em nada! Preste atenção somente na sua respiração! Acompanhe somente o seu ato de respirar! Não ligue para os demais pensamentos que lhe vem à cabeça! Somente se atenha a acompanhar a sua respiração! Faça isso por uns 5 a 10 minutos, uma vez ao dia, e você poderá avaliar!
3. Se você não melhorar com as duas dicas acima, entre em contato comigo, para fazermos a EFT!
Tratamento da Ansiedade com a EFT
Como fase inicial padrão da minha abordagem com a EFT de modo geral, primeiro é necessário conhecer um pouco mais a pessoa, seus costumes, sua forma de pensar e agir, com as situações do dia a dia. Como foram, a sua infância e adolescência, seus relacionamentos nessas fases. Como é a sua relação com o trabalho e com as atividades em que participa. Seu comportamento e costumes corriqueiros. Conhecer você por inteiro. Para depois identificar e caracterizar a Ansiedade e identificar o que tem por traz desse comportamento. O que te move a fazer desta maneira? Quais são as causas? Não estou dizendo da meta ou do objetivo que você quer atingir ansiosamente. Estou questionando o porquê que tem de ser “ansiosamente”? Por que não de forma tranquila, paciente, equilibrada, harmônica e compassada? O que o faz agir desta forma? Portanto, algumas perguntas são inevitáveis:
Preste atenção! Deve existir alguma razão, que justifique estar agindo assim (de forma ansiosa), ou para se defender de algo, ou para evitar que o pior aconteça, para provar algo para alguém ou para você mesmo. Atente ao que vier à sua cabeça. Pode ser que apareçam alguns eventos específicos (cenas, imagens, etc) do passado (remoto ou recente), em que você se recorda de estar ansioso e que te traz respostas para alguma dessas perguntas. Através destas perguntas e respostas iniciaremos a investigação, até identificarmos a maioria dos eventos e as emoções relacionadas (causas do problema), e darmos início ao processo de diminuição ou eliminação da intensidade dessas emoções que geram a Ansiedade e que interferem na sua forma de ser e atuar.